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P734 - A poesia e o amor afastando a virtude do vício – Primitivo friso sobre o proscênio do Theatro Municipal do Rio de Janeiro


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No mesmo período em que executou o Pano de Boca e o “Plafond”, entre 1906 e 1908, Eliseu Visconti preparou a decoração do friso sobre o proscênio do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ou seja, o friso que seria colocado no alto do arco da boca de cena do Theatro. Com um estilo que se harmonizava com as demais decorações, o friso sobre o proscênio representava nus femininos e anjos esvoaçantes, cujo motivo resumia-se às palavras “A poesia e o amor afastando a virtude do vício”. Um estudo para esse friso [P706] encontra-se no acervo do Theatro Municipal. É interessante observar que a Serra dos Órgãos, vista da cidade de Teresópolis, é o cenário do primeiro proscênio, executado vinte anos antes de Visconti construir sua casa de veraneio naquela cidade.
Em 1934, obras de reforma no Theatro incluem o alargamento da boca de cena, sendo Visconti chamado para alargar também o friso sobre o proscênio, que media 4 m x 15 m. Após analisar o problema, Visconti decide pela execução de um novo friso, que deveria ter 4 metros a mais de comprimento. Para o novo friso [P726], Visconti escolheu o título “As nove musas recebem as ondas sonoras”. O friso primitivo não foi retirado e seria encoberto pelo novo friso, concluído em 1936.
No dia 3 de julho de 2009, integrante da equipe que executava a reforma do Theatro Municipal para a festa do seu centenário encontra por acaso o proscênio primitivo. Para surpresa da administração do Theatro e ao contrário do que se imaginava, o proscênio primitivo, escondido há mais de setenta anos, foi preservado, afastado do atual e em bom estado de conservação. A notícia causou grande impacto na mídia e nos historiadores, que acreditavam que o proscênio primitivo havia sido destruído. Não havia ainda sido observado com atenção o texto deixado por Visconti em um de seus cadernos [CD001], no qual ele afirma que o friso primitivo havia ficado intacto atrás do novo friso. A única imagem completa do proscênio primitivo é a fotografia em preto e branco reproduzida no livro Theatro Municipal do Rio de Janeiro, editado em 1913, com texto de João do Rio.
Clique aqui para mais informações sobre o proscênio do Theatro Municipal.


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