Eliseu Visconti veio ligar o passado ao futuro da história de nossa pintura. Com ele, termina o hiato entre artistas de ontem, que chegaram até Baptista da Costa, e os modernos… Nele, o movimento modernista encontra o elo que faltava para prendê-lo à cadeia da tradição.
Mário Pedrosa – “Visconti diante das modernas gerações” – Correio da Manhã – 1 de janeiro de 1950.
Outro elemento de monta… é certamente o fato de ter sido Eliseu Visconti o nosso primeiro pintor revolucionário, tão marcadamente revolucionário no seu tempo, quanto seria, passado quase meio século, Portinari, para a época atual.
Herman Lima – Catálogo da Exposição Retrospectiva de Visconti na II Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo – 1954.
…Nosso artista (Eliseu Visconti) se prende ao século XX, e pode inclusive ser reclamado como um precursor do modernismo brasileiro. Mas Visconti é bem mais do que isso: é uma das mais poderosas e completas organizações pictóricas jamais desabrochadas no Brasil.
José Roberto Teixeira Leite – Catálogo da Exposição de Eliseu Visconti no Museu Nacional de Belas Artes – 1967.
Visconti continua sendo, no confronto crítico, o exemplo mais notável de sentimento de contemporaneidade no percurso da pintura brasileira.
Clarival do Prado Valladares – Extraído do ensaio “De Visconti à Semana de Arte Moderna”.
O mestre Eliseu Visconti, cuja personalidade de artista sempre revelou um raro sentido de vanguarda, pode e deve ser considerado o pintor que, entre nós, teve o primado da verificação de que a liberdade de pensamento e de ação impõe necessariamente a liberação de técnicas e de fórmulas convencionais.
Hugo Auler – “Eliseu Visconti – Precursor do Modernismo” – Correio Brasiliense – 22 de outubro de 1967.
Não foi convidado; simplesmente não foi convidado pelos integrantes daquela panelinha. Assim, esqueceram o único realmente moderno de sua época, que era Visconti.
Pietro Maria Bardi em depoimento à Revista ISTO É de 28 de dezembro de 1977, quando perguntado por que Visconti não esteve presente na Semana de Arte Moderna de 1922.
Visconti será a figura exponencial do surgimento da pintura moderna no País, que a partir dele não cessará de enriquecer-se com os frutos dos movimentos constantes de renovação que se irão apresentando no tumulto cultural dos grandes centros europeus.
Quirino Campofiorito – “História da Pintura Brasileira no Século XIX”, 1983.
É claro que os modernistas não foram os primeiros a tentar romper com o academicismo em direção a uma arte mais livre e reformista. Este salto já vinha sendo ensaiado por Eliseu Visconti, um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos, que já havia importado o Impressionismo e o Art Noveau e não fora muito bem compreendido por aqui.
Patrícia Ariel – Extraído de artigo no site Baixada Fácil – Artezine.
Como precursor das correntes modernistas no Brasil, a obra de Eliseu Visconti deixou profundas raízes e influenciou inúmeros futuros expoentes, que viriam a mudar os caminhos da arte brasileira.
Heloísa Lustosa – Apresentação do catálogo da exposição comemorativa do cinquentenário da morte de Eliseu Visconti, realizada no MNBA em 1994.
Efetivamente, o lugar de Eliseu Visconti é um lugar único na história da pintura brasileira, pois ele está situado entre dois períodos que são brutalmente opostos.
Ana Maria Tavares Cavalcanti – “Os artistas brasileiros e os prêmios de viagem à Europa no fim do século XIX: visão de conjunto e estudo aprofundado sobre o pintor Eliseu Visconti” – Tese de Doutorado apresentada para a Universidade de Paris – Pantheon Sorbonne – Faculdade de História da Arte e Arqueologia – junho de 1999.
O grande artista da transição entre os séculos 19 e 20 é hoje visto como Eliseu Visconti. Seus contemporâneos mais conhecidos não produziram obra de dimensão comparável a de Visconti, que aparece sem rivais como o artista mais significativo anterior ao modernismo.
Pedro Corrêa do Lago – O ESTADO DE SÃO PAULO – “Entre Visconti e os contemporâneos, as artes plásticas ilustraram o século” – Retrospectiva Século 20 – 2003.
É Eliseu Visconti o artista mais expressivo e importante do período de transição para a modernidade.
Maria Lúcia Santos Freire – “Imagens da Arte Brasileira” – Fundação Cesgranrio – 2005
Em sua trajetória absolutamente pioneira, Eliseu Visconti foi um agente capital da modernização da arte brasileira.
Paulo Herkenhoff – “5 visões do Rio na Coleção Fadel” – Edições Fadel – 2009