Utilize o campo abaixo para pesquisar obras por título ou código de identificação:
Selecione uma ou mais características para filtrar a sua pesquisa.
Canto Inferior Esquerdo, Margem Inferior Direita, Margem Inferior Esquerda
InscriçõesJunto à assinatura da margem inferior direita, o ano "1906".
Junto à assinatura da margem inferior esquerda, "Agosto, Paris, 1906".
Junto à assinatura do canto inferior esquerdo, o ano "1907".
1942 – Museu Evocativo do Theatro – Doação do artista
1949 – Museu dos Teatros
2013 – Centro de Documentação da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro
Estudo preparatório para o primeiro friso sobre o proscênio [P734] do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, constitui hoje a única visão a cores deste friso. Pintado em conjunto com o pano de boca e o plafond, entre 1905 e 1908, este friso foi substituído em 1936 por outro friso [P726] intitulado “As nove musas recebem as ondas sonoras”, também pintado por Visconti, quando foi realizado o alargamento da boca de cena do Theatro. O friso primitivo ficou encoberto, localizado cerca de 50 cm atrás do novo friso, e foi reencontrado por ocasião da reforma para o centenário do Theatro, em 2009.
Conforme o registro do mês de agosto de 1906, junto a uma das assinaturas presentes na obra, este esboço foi feito depois da aprovação dos projetos de Visconti para as decorações do teatro, que ocorreu no Rio de Janeiro, em 14 de abril. Estando ele já de volta em Paris, Visconti começou a receber diversas cartas e telegramas do arquiteto construtor, em julho do mesmo ano, informando que haveria modificações nos projetos originais do teatro, que estava em construção, e que ele deveria suspender a execução dos seus trabalhos. Em várias respostas do pintor (cartas do acervo do Centro de Documentação da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro), podemos sentir sua preocupação e angústia crescentes, e foi quando ele elaborou esse estudo detalhado do friso, de acordo com as novas especificações que recebeu. No catálogo da 15ª EGBA, em 1908, esta pintura foi registrada sob o nº 163, com o complemento ao título: (esquisse do friso situado sobre o pano de boca).
Com o sentimento de preservar para o olhar das futuras gerações o detalhado processo criativo de suas decorações, Eliseu Visconti doou para o governo do então Distrito Federal, em 1942, este e os principais estudos originais realizados para a confecção dos painéis do Theatro Municipal. Para abrigar as obras doadas, foi criado pelo prefeito o Museu Evocativo do Theatro, que mais tarde, em 1949, daria origem ao Museu dos Teatros. Em 17 de outubro de 2013 foi oficializada a transferência do acervo do Museu dos Teatros para a Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro que, através de seu Centro de Documentação, passou a abrigar todos os estudos doados por Visconti.