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P704 - A Música, o Drama e a Arte Lírica – Estudo para o foyer do Theatro Municipal do Rio de Janeiro


Assinatura

Inscrições

Junto à assinatura, "Rio, 1913"

Procedência

1942 – Museu Evocativo do Theatro – Doação do artista
1949 – Museu dos Teatros
2013 – Centro de Documentação da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro

Localização Atual Exposições Individuais Exposições Coletivas Publicações Comentários

Inaugurado o Theatro Municipal em 14 de julho de 1909, somente ao final de 1912 a Prefeitura do antigo Distrito Federal solicita propostas para as decorações internas do foyer. Eliseu Visconti e Rodolpho Amoedo apresentam propostas, este último com três estudos hoje pertencentes ao Museu Nacional de Belas Artes. Visconti apresenta como esboço definitivo este estudo a óleo que, na carta-contrato assinada por Oliveira Passos, em 13 de fevereiro de 1913 [CR1913], foi solicitado como uma das condições para a aceitação do projeto. Numa primeira composição [P722] provavelmente apresentada junto à proposta inicial, o painel central está em conjunto com quatro tímpanos. Neste estudo, Visconti já apresenta em separado o painel central dos dois tímpanos laterais. Um deles, “A Arte Lírica – Inspiração Musical”, é representado pelas sereias; o outro, “O Drama – Inspiração Poética”, conta com as figuras de Dante e Beatriz. Como foi realizado ainda no Rio, antes de Visconti embarcar para Paris, a fim de executar essas decorações, este estudo pertence ao terceiro período de sua carreira, que termina com essa viagem.

Diferentemente deste estudo, no painel lateral do foyer que está no Theatro [P709] o encontro de Dante e Beatriz se dá entre as árvores de um bosque e na presença de algumas almas do purgatório, o que mostra que Visconti não se prendeu completamente ao estudo. No outro painel lateral [P710], a cena das sereias é bem semelhante à que está proposta neste estudo, com o barco ao fundo e os remos abandonados pelos tripulantes, que nadam encantados em direção às sereias. O painel central planejado neste estudo já apresenta as três graças ao centro, como no definitivo do foyer [P708]; mas nele não se pode ver Apolo que, no entanto, reaparece no painel central definitivo, embora a um canto, quase perdido entre as musas.

Com o sentimento de preservar para o olhar das futuras gerações o detalhado processo criativo de suas decorações, Eliseu Visconti doou para o governo do então Distrito Federal, em 1942, este e os principais estudos originais realizados para a confecção dos painéis do Theatro Municipal. Para abrigar as obras doadas, foi criado pelo prefeito o Museu Evocativo do Theatro, que mais tarde, em 1949, daria origem ao Museu dos Teatros. Em 17 de outubro de 2013 foi oficializada a transferência do acervo do Museu dos Teatros para a Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro que, através de seu Centro de Documentação, passou a abrigar todos os estudos doados por Visconti.


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