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P026 - Autorretrato ao ar livre


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A data "1943", logo abaixo da assinatura.

Procedência

1949 (29 dez.) – Doado pela família ao MNBA

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Neste autorretrato, Visconti introduz um fundo paisagístico, representando, como em tantas outras obras, um quintal iluminado, colorido, em fatura moderna de pinceladas bem visíveis. É interessante fazer deste um pendant com aquele primeiro [P035] cujo fundo representa folhagens e pedras, sendo os dois os únicos autorretratos ao ar livre de Visconti que se conhece, com exceção daquele de 1902 [P007], em que o céu azul, entre nuvens brancas, aparece por detrás do muro ao fundo. Porém, no Autorretrato ao ar livre, a paisagem ganha maior espaço e tem tanta importância quanto o retratado, tornando-se a pintura mais um exemplo da perfeita harmonia conseguida por Visconti entre figura humana e natureza. Como em vários outros autorretratos [P007; P008; P021; P028; P023; P034; P027], o pintor empunha seus pincéis, mas neste, numa quantidade maior, como que a expressar sua longa e fecunda experiência com eles. M. Izabel B. Ribeiro observa que neste autorretrato o pintor “Organiza a composição de modo que sua figura sobressaia; destaca com efeitos de luz o barraco ao fundo, sua fronte, o contorno da face, a nuca e os ombros. Tem absoluto controle das pinceladas para demarcação de zonas de luz e construção de sua fisionomia serena, que estabelece imediata relação de empatia com o observador”.

No acervo do Projeto Eliseu Visconti há uma carta de agradecimento do MNBA, pela doação desta pintura, assinada por seu diretor Oswaldo Teixeira [CR1950], e uma cópia do termo de doação, assinado pela viúva de Visconti e seus três filhos. O termo informa que a doação tinha o objetivo de expressar ao Poder Público e à direção do museu a gratidão pela iniciativa e amparo oficial, para a realização da Exposição Retrospectiva de 1949, e ainda: “O trabalho é um dos últimos auto-retratos da longa serie produzida pelo artista, foi pintado no verão de 1943, nos fundos do quintal de sua casa de campo em Terezópolis, na Av. Delfim Moreira 1072 – o refugio adorado de sua velhice – e é talvez um dos únicos auto-retratos produzidos ao ar livre”. A pintura foi apresentada no SNBA de 1943, sob o nº 81, como Retrato do autor. Após o término do XI Salão Paranaense de Belas Artes, as obras da sala especial dedicada a Visconti ficaram expostas, juntamente com o acervo do Museu de Arte do Paraná, por todo o primeiro semestre de 1963. Foi reproduzida também no catálogo 50 anos do Salão Paranaense de Belas Artes, (Curitiba: MACP) 1995, p. 91.


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