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P982 - Rendição de Breda – Cópia de Velásquez


Assinatura

Procedência

1937 – Transferida da Pinacoteca da ENBA para o recém-criado MNBA.

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No terceiro ano de estágio na Europa, o aluno deveria enviar uma cópia de um quadro célebre, e para Visconti o Conselho Escolar da ENBA escolheu a obra de Velásquez, La rendición de Breda ou Las lanzas (1634-35; o.s.t.; 307,5 x 370 cm; Museu do Prado). Segundo ofício de Visconti para o diretor da ENBA, datado de 30 de julho de 1896, a cópia, em tamanho original, seria enviada pelo vapor Orcana, que sairia de Lisboa no dia 5 de agosto. Tendo começado a gozar seu prêmio de viagem em março de 1893, Visconti estava atrasado com essa obrigação. Sucessivas cartas de Rodolpho Bernardelli a Visconti, de 8 de agosto a 1º de novembro de 1895, indicam que Visconti esteve em Madrid de julho a outubro, mas não conseguiu concluir sua cópia. Certamente seu perfeccionismo o levou a esse atraso, tendo feito também cópias de outras obras de Velásquez [P981; P986; P992] sempre em tamanho natural, mesmo que apenas um detalhe. Percebe-se na última carta de Bernardelli, de 1895, que Visconti estava contrariado por não ter podido concluí-la, julgando o trabalho maçante. O diretor da ENBA procura sempre animá-lo a continuar, e concorda que durante o inverno não seria prudente permanecer em Madrid, posto que ali seria o “ninho das pneumonias”. Assim, Visconti volta a Madrid no verão seguinte, quando consegue terminar a cópia, que foi reproduzida na Revue du Brésil, nº 1, cuja capa foi desenhada por Visconti [A844]. Em 1º de novembro de 1938, O Imparcial publicou um artigo sobre as reformas que aconteciam no recém-instituído MNBA, com a reprodução de uma foto “que reproduz a cópia esplendida da famosa tela de Velasquez ‘Rendição de Breda’, por Visconti. Helios Seelinger mostra, com profunda demonstração de tristeza, o rombo que é de mais de dois palmos.” Em seguida, o artigo informa que ela estava sendo reconstituída. Essa cópia de Visconti, sempre muito apreciada, esteve exposta no saguão de entrada do MNBA por muitos anos, ali recebendo luz natural e poluição dia após dia. O resultado foi a sua deterioração física e na ficha cadastral da pintura no museu consta a observação, de 10 de setembro de 1980: “O quadro está em péssimo estado de conservação e se encontra no Gabinete de Restauração”. Até hoje a tela está partida em vários pedaços, a espera de socorro.


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