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Coleção Louise Visconti
Coleção Henrique Cavalleiro
Coleção Sérgio Fadel
Nesta vista tomada do jardim interno, até o portão azul menor, na entrada da casa de campo do pintor, em Teresópolis, há um caminho ladeado por flores azuis e vermelhas. Todo o resto, até mesmo o portão, está imerso numa bruma de cor lilás acinzentada, que tanto pode ser fruto do efeito atmosférico da serra, ou do clima de sonho que emana da paisagem, onde surge à esquerda um rosto feminino. Para Rogério Faria (Catálogo de 1989), nessa pintura “o artista utiliza a mesma idealização esotérica do famoso ‘Ilusões Perdidas’ [P021], e consegue reproduzir a sublime imagem que o inspirou: a figura de sua mulher e o portão da casa da família em Teresópolis, perpetuando na tela a inesquecível metamorfose de um sonho”. Porém, Mário Barata, no catálogo da exposição de 1967, reconhece nessa cabeça outra personagem: “Visconti era poeta. Poeta nessa imersão no sensível que êle consegue. São exemplos disso o jardim de sua casa em Teresópolis, com a cabeça de Yvone surreal na vegetação”. Sobre ela, Luciano Migliaccio (Catálogo de 2012) testemunha: “Nessa pintura, Visconti aproxima-se dos resultados dos artistas simbolistas mais radicais como Gauguin, pela presença simultânea de diversas imagens e tempos mentais, ou Odilon Redon, em que a própria matéria pictórica da tela sugere de maneira ambígua outras figuras”. A pintura participou da sala especial da II Bienal de São Paulo, com o título Evocação, e a data 1940; da Comemorativa do Centenário, de 1967, como Paisagem – Teresópolis.