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P576 - Estendendo roupa


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Em cada uma das Exposições Gerais de Belas Artes de 1921 e 1922, no Rio de Janeiro, foi exposta de Visconti uma pintura intitulada Roupa estendida. Na primeira delas, provavelmente foi apresentada uma obra realizada ainda em Saint Hubert [P448]. Em 1922, deve ter sido exposta a pintura em questão. O tema foi constante em toda a carreira de Visconti, como assunto principal [P578; P563; P624; P625; P619] ou surgindo ao fundo de alguma paisagem ou cena de gênero [P553; P517; P430; P566; P603]. Mas a presente composição é bastante diversa: pelo ângulo acentuado de cima para baixo, e pela presença dos muros – nisso semelhante apenas a outras duas [P568; P922]. Certamente esta cena foi captada a partir do atelier de Visconti, no segundo andar do prédio da Rua Mem de Sá, nº 60.

Há um estudo para esta composição [P559], que registra o efeito entre as formas e as cores da cena – um problema puramente pictórico, que o torna semelhante a uma composição abstrata. Na comparação entre os dois, percebe-se que Visconti não gostou dos ângulos muito acentuados formados pelos cantos dos muros, e tratou de eliminá-los aqui, arrastando-os para fora da margem da tela. Agora as massas verdes, rosas e brancas ganham maior legibilidade, e embora ainda sejam basicamente massas de cor, pode-se traduzi-las como figuração. A mulher estendendo algumas peças pequenas, no último varal ao fundo, completa a leitura da cena, tão cara a Visconti desde antes de seu estágio em Paris. Embora o branco das roupas penduradas ao sol domine a composição, o vermelho da saia da mulher espalha-se, em pequenas quantidades, respingado por toda a tela. A reprodução dessa pintura, em Visconti, Bonadei, de 1993, está invertida horizontalmente.


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