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P428 - Ronda de crianças


Assinatura

Procedência

Palácio do Ingá, hoje Palácio Nilo Peçanha, Niterói
Serviço de Difusão Cultural do Estado do Rio

Localização Atual Exposições Individuais Exposições Coletivas Publicações Comentários

Esplêndida festa de cor e movimento, essa pintura de grandes dimensões é toda dedicada a um tema sempre abordado por Visconti, com diversos graus de sutileza [P913; P910; P146; P444; P405; P481], porém aqui com maior destaque. A roda de crianças, representada em primeiríssimo plano, repete-se na estrutura da composição: Começando com os meninos em cima do muro, ligados ao grupo principal através da escada, seguindo em curva nessa direção, passa-se pelas vacas e por outros três grupos de crianças, cada vez mais distantes, até aquele em proporções mínimas diante da primeira casa. Seguindo a perspectiva do alinhamento das casas, a massa escura das árvores no horizonte faz a união com o final do muro, que traz o olhar de volta aos meninos e à roda das meninas em primeiro plano. Tobias pode ser reconhecido mais uma vez pelo chapéu branco [P405, P101; P496], sentado sobre o muro. As crianças, as vacas, as casas são habilmente representadas em poucas pinceladas aparentes. Visconti estudou a paisagem para esta composição em pelo menos duas outras pinturas a óleo [P493; P499].

A pintura foi exposta no primeiro Salon parisiense após terminada a Primeira Guerra Mundial, chamado Exposition au profit des œvres de guerre, que aconteceu em conjunto entre a Société des Artistes Français e a Société Nationale des Beaux-Arts, em 1919, sob o nº 2138, com o título Les enfants joyeux. Foi apresentada no Rio, na exposição individual da Galeria Jorge, sob o nº 2, como Idade de ouro; ocasião em que foi adquirida pelo então presidente do Estado do Rio de Janeiro, Raul Veiga, para o Palácio do Ingá, segundo O Jornal, de 6 de agosto de 1920. Neste ano, Raul Veiga remodelou o Palácio do Ingá, hoje Palácio Nilo Peçanha, em Niterói, para acréscimo de dependências destinadas à residência dos governadores. As obras de arte e móveis adquiridos nesta época fazem parte do acervo do atual Museu de História e Artes do Estado do Rio de Janeiro (MHAERJ, formado pela união dos Museus Histórico do Estado do Rio de Janeiro e de Artes e Tradições Populares, que funcionavam no mesmo espaço). Portanto, essa obra de Visconti deveria fazer parte daquele museu, e é o que sua direção pleiteia, pois o objetivo é reunir novamente as obras compradas por Raul Veiga. Tendo pertencido ao Serviço de Difusão Cultural do Estado do Rio, quando este deixou de existir e suas obras foram dispersas por vários museus estaduais, a pintura de Visconti foi destinada ao Museu Antonio Parreiras, também de Niterói. Sua ficha catalográfica neste museu não informa quando entrou em seu acervo, mas que consta dos Anais do MAP de 1952/53, vol. I, nº 65, p. 234.


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