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P705 - A influência das Artes sobre a Civilização – Estudo para o pano de boca do Theatro Municipal do Rio de Janeiro


Assinatura

Inscrições

Visconti assinou "EV" na base da estátua que representa a poesia. Às letras EV seguem-se as letras "TERPE", formando a palavra EUTERPE, deusa grega da música e da poesia lírica.

Procedência

1942 – Museu Evocativo do Theatro – Doação do artista
1949 – Museu dos Teatros
2013 – Centro de Documentação da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro

Localização Atual Exposições Individuais Exposições Coletivas Publicações Comentários

No início de 1906 Visconti vem ao Brasil trazendo alguns esboços e ideias para as decorações do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a fim de submeter à aprovação do Prefeito Pereira Passos sua proposta com os primeiros estudos. Os trabalhos referiam-se a todas as decorações da sala de espetáculos, ou seja, o pano de boca [P711], o plafond (teto sobre a platéia) e o friso sobre o proscênio (decoração acima da boca de cena), além de dois triângulos menores no teto, próximo ao palco. O estudo do pano de boca trazido de Paris é a obra P724. Chegando ao Rio e tomando conhecimento dos detalhes da construção e sugestões da comissão construtora, certamente Visconti reelaborou seu projeto, pintando um segundo estudo para o pano de boca, que é este, efetivamente aprovado, pois corresponde à descrição que acompanhou a proposta.

Somente a elaboração deste segundo estudo justifica o tempo transcorrido entre a chegada de Visconti, em meados de fevereiro, e a data da apresentação de sua proposta final em 28 de março (de acordo com a Carta-contrato elaborada pela Comissão Construtora do Teatro Municipal [CR1906], assinada por Francisco de Oliveira Passos, em 23 abr. 1906. Acervo do Fundo Eliseu Visconti, do MNBA, RJ). Antes de voltar para Paris em 2 de maio, Visconti expõe ao público na Casa Vieitas, os estudos para as decorações do teatro, aprovados em 14 de abril de 1906, juntamente com sua proposta de trabalho. No catálogo da Exposição Retrospectiva de 1949, sob o nº 62, este estudo foi registrado com as dimensões equivocadas: 72 x 99 cm. Aparece na parede do atelier, ao lado de diversos estudos para o pano de boca do mesmo teatro, em fotografia do acervo do Projeto Eliseu Visconti, proveniente de negativo em vidro. Diversos desses negativos foram digitalizados pelo Instituto Moreira Salles em dezembro de 2017.

Com o sentimento de preservar para o olhar das futuras gerações o detalhado processo criativo de suas decorações, Eliseu Visconti doou para o governo do então Distrito Federal, em 1942, este e os principais estudos originais realizados para a confecção dos painéis do Theatro Municipal. Para abrigar as obras doadas, foi criado pelo prefeito o Museu Evocativo do Theatro, que mais tarde, em 1949, daria origem ao Museu dos Teatros. Em 17 de outubro de 2013 foi oficializada a transferência do acervo do Museu dos Teatros para a Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro que, através de seu Centro de Documentação, passou a abrigar todos os estudos doados por Visconti.


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