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Coleção Louise Visconti
Coleção Tobias d’Angelo Visconti
1996 (dez.) – Leiloada pela Bolsa de Arte, Rio de Janeiro
A casa que teve sua construção iniciada em 1927, na rua Delfim Moreira em Teresópolis, foi a realização de um sonho de Visconti, que desejava propiciar um clima perfeito para a saúde de sua filha Yvonne, abalada por sequelas da gripe espanhola, contraída na Europa. Além disso, ele via naquela paisagem um tema que estimulava sua criatividade, já com mais de 60 anos de idade e 40 de profissão. Em 1926, numa entrevista concedida a Angyone Costa, Visconti declarou: “Therezopolis tem alguma coisa que é seu, côr local, pittoresco, luminosidade propria. É uma terra que ainda tem viço, conserva a virgindade…” A casa foi registrada nessa pintura por sua fachada lateral, com diversas pessoas ali reunidas, e uma mulher que estende roupas no varal. O seu jardim, que um dia será exuberante, encontra-se ainda em fase de formação. Ao fundo aparecem o morro imponente e grandes árvores nativas. É a única pintura conhecida que representa a casa em toda a sua extensão, pois muitas outras Visconti irá criar em que focalizará mais o jardim, seu portão azul, e partes pequenas da casa [P638; P617; P646; P623], pois em breve ela será parcialmente encoberta pela vegetação. A pintura apresenta duas assinaturas, ocorrência não rara em Visconti. Embora o catálogo da Retrospectiva de 1949 indique as dimensões 40 x 56 cm, sabe-se que é a mesma pintura, pela reprodução publicada na revista O Cruzeiro, p. 26. Na biografia de Barata, 1944, p. 83, consta de sua legenda: “Teresópolis, 1929”, embora a pintura não seja datada.