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Abaixo da assinatura: "Paris, 1896".
Procedência1937 – Transferida da Pinacoteca da ENBA para o recém-criado MNBA.
Localização Atual Exposições IndividuaisUm véu diáfano envolve as pernas da modelo, deitada no chão, e termina na palma de sua mão esquerda, largada ao longo do corpo. Apesar de muito delicados, os pequenos adornos – pulseiras no braço esquerdo, anel na mão direita, pequeno colar de duas voltas e brinco redondo – ganham realce sobre a pele da jovem. O vermelho vivo, presença constante nos nus femininos viscontianos [P317; P319; P323], que além de ressaltar bochechas, lábios e mamilos de todas as jovens, surge também em diferentes objetos, aqui revela-se num pequeno lenço. Foram encontrados como estudos para essa obra: um esboço preliminar desenhado do rosto, feito num bloquinho de notas [CD004]; um estudo preliminar pintado da composição [P346] e um estudo detalhado a óleo da cabeça [P359]. A pintura aparece ao lado de Visconti, em fotografia cujo verso está assinado por ele e com a inscrição: “Paris, 1896. Salon des Artistes Français” Neste salão, inaugurado no dia 1º de maio, a pintura foi exposta sob o nº 2012, com o título Femme nue : étude. Foi apresentada na 5ª EGBA, sob o número 253 e o título subjetivo Um raio de Consolação, cuja identificação só foi possível pelo complemento acrescentado ao título “(Exposto do Salon de 97)” – apesar do equívoco da data – e pela descrição da pintura em um artigo da Gazeta de Notícias, de 23 de setembro de 1898. Na foto de Visconti ao lado da pintura, pode-se ver claramente a ausência do véu que cobre as pernas da modelo. Ele teria sido acrescentado após a exibição da pintura no Salon de Paris e antes de ela ser enviada para a exposição no Rio de Janeiro, ou mais tarde como aconteceu com o Nu feminino com véu [P317]. Porém, isso certamente ocorreu antes de 1922, quando ela foi reproduzida na Illustração Brasileira pela primeira vez. Nesta reprodução, a pintura aparece bem mais clara do que o original, hoje em dia, e nos permite observar que a modelo está reclinada sobre uma grande almofada. A obra foi restaurada em 1969, por Edson Motta.