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P303 - Nu


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Procedência

1966 – Doação ao MASP por João Santos

Localização Atual Exposições Coletivas Publicações Comentários

A julgar por suas dimensões, essa pintura deve ter sido pensada para concorrer aos salões de Paris. Porém, os pés e pernas da modelo ficaram inconclusos, assim como o seu entorno, na parte inferior da tela, inclusive com uma mesinha redonda apenas delineada à esquerda. Não se tem conhecimento do motivo pelo qual a pintura permaneceu inacabada, sendo isto bastante raro em pinturas de Visconti com essas dimensões. Provavelmente, não ficou pronta a tempo de ser submetida ao júri do Salon, ou o pintor pode ter desistido deste objetivo, julgando seu tema – a Vaidade, pela presença do espelho – já muito desgastado. O arremate redondo e dourado do gradil,  no qual a jovem apoia a mão que segura o espelho, é um detalhe comum a outras duas pinturas de Visconti [P312, P315], que revela ser a mesma cama retratada nas três pinturas.

Segundo registro no catálogo do MASP de 1998, a pintura deu entrada no seu acervo em 1966. Porém, de acordo com a anotação no verso de uma fotografia da solenidade de incorporação desta obra ao acervo, o evento aconteceu em 9 de janeiro de 1967. Na foto do arquivo do MASP, aparecem, ao lado do quadro, entre outras pessoas, Assis Chateaubriand sentado na cadeira de rodas, e o prefeito Faria Lima. Em matéria publicada na edição de 11 de fevereiro de 1967, a revista “O Cruzeiro” destacou o evento. No verso de outra foto do mesmo evento encontrada no MASP, está registrado: “Um dos quadros mais importantes de Eliseu Visconti, “Grande Nu”, oferecido pelo industrial pernambucano João Santos”. Realmente, essa pintura bem merece a designação de Grande nu, pois é o maior de Visconti, que se tem notícia até hoje; excetuando-se, claro, as grandes composições que incluem o nu, mas são na verdade composições históricas: A Recompensa de São Sebastião [P331]; Oréadas [P333] e A Providência guia Cabral [P332]. Um detalhe do rosto da modelo aparece no cartaz criado por Willis de Castro, para o Centenário da Semana de Arte de 1922, reconhecendo Visconti como um precursor do modernismo brasileiro.


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