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P519 - Paisagem de Santa Teresa


Assinatura

Procedência

1920 – Adquirida por José Marianno Filho
Coleção do Solar de Monjope
Coleção Raphael Parisi

Localização Atual Exposições Individuais Exposições Coletivas Publicações Comentários

Pinceladas curtas e bem aparentes, aplicadas em diversas direções e em tonalidades vadiadas, cobrem toda a tela, com exceção das bananeiras, quase ao centro da composição, cujas folhas longas foram executadas com uma só pincelada, e por isso mesmo, destacam-se admiravelmente do restante da paisagem. As figurinhas características de Visconti podem ser vistas nos terrenos abaixo do casarão, à direita. Pelo ângulo da composição, é certamente uma vista a partir do atelier de Visconti, à Av. Mem de Sá. Em 1913, Visconti preparava-se para voltar a Paris com sua família, a fim de executar os painéis decorativos para o teto do foyer do Teatro Municipal, e trabalhara em seus projetos. Assim sendo, nada preparou de especial para a EGBA, exibindo de expressivo, apenas esta pintura realizada anos antes. Ela pode ser vista na parede da Galeria Jorge, na foto publicada na Gazeta de Noticias, de 6 de agosto de 1920, e foi registrada no catálogo da Individual daquele ano, como A Igreja de Sta. Thereza, embora este edifício aqui careça do destaque que ganhou em outras telas de Visconti [P531; P511; P512; P549], escondida que está por trás das grandes árvores, de onde desponta apenas sua torre e cruz.

Um artigo publicado em O Jornal, de 6 de agosto de 1920, indica que ela foi adquirida nessa ocasião. No catálogo da exposição Os Precursores, de 1974, sob o nº 26, foi registrada como A casa do pintor em Sta. Teresa. Numa crítica à esta exposição, publicada em outubro de 1974, Gilda de Mello e Souza escreve sobre essa pintura: “A parte esquerda da tela é admiravel e os planos se organizam numa dosagem perfeita de sombras e luz, volumes e atmosfera. A vegetação é tratada com uma pincelada curta de grande leveza e o colorido é suave e transparente. No entanto, do lado direito da tela, Visconti não soube equilibrar os elementos estruturais (a casa e o muro) e a matéria ligeira dos verdes. O espaço resultou compartimentado em demasia, contrastando vivamente a concepção fluida da outra metade. Tem-se a impressão que a moldura enfeixou duas telas diferentes, uma mais próxima de Sisley, outra de Cézanne”.


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