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Junto à assinatura, o ano "1888", hoje ilegível, mas indicado no catálogo da exposição individual de 1967.
ProcedênciaColeção José Roberto Teixeira Leite
Coleção Zoé Chagas Freitas
Quando o menino Eliseu d’Angelo Visconti deixa sua terra natal, a Itália, não vem, como muitos dos imigrantes seus conterrâneos, para uma América totalmente desconhecida, sem saber para qual país, ou se aportaria no Sul ou ao Norte. Ele vem acompanhado de sua irmã Marianella, com destino certo: o Brasil, mais precisamente para a Fazenda São Luiz, em Minas Gerais, na divisa com o Estado do Rio de Janeiro, de propriedade da Baronesa de Guararema, que foi quem convenceu sua família a deixá-lo partir para encontrar os outros irmão que já residiam aqui. A então vila, onde estava situada a fazenda, foi transformada em município em 1880, que recebeu o nome de São José de Além Paraíba, o qual em 1923 passou a ser apenas Além Paraíba.
Eliseu, que chegara ao Brasil ainda na década de 1870, viveu na Fazenda São Luiz até transferir-se para a capital do país, o Rio de Janeiro, onde inicialmente estudou música. Em 1882 matriculou-se no Liceu de Artes e Ofícios e três anos mais tarde ingressava na Academia Imperial das Belas Artes, onde começou suas lições de pintura a óleo. Certamente, Eliseu voltava à fazenda daquela que considerava sua madrinha, por tê-lo incentivado ao estudo do desenho, e suas visitas lhe inspiraram esta pintura e um desenho [D551], os dois únicos registros da sua primeira morada no Brasil, de que se tem conhecimento hoje. A pintura foi aprovada na 34ª reunião da Comissão de Autenticação das Obras de Eliseu Visconti, realizada em 11 de dezembro de 2018. O Projeto Eliseu Visconti conferiu a esta obra o Atestado de Autenticidade nº 0550, assinado em 17 de abril de 2019.