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Abaixo da assinatura, "Rio, 1925".
Procedência1943 – Doação do artista ao Museu Histórico da Cidade, da Prefeitura do Distrito Federal, quando o Rio de Janeiro era sede da capital federal.
Localização Atual Publicações ComentáriosNeste cartão de transferência para o lado esquerdo do grande painel do Palácio Tiradentes, Visconti já desenha detalhadamente a fisionomia de cada um dos constituintes presentes à solenidade de assinatura da Constituição de 1891. O desenho bem definido seria mantido na grande pintura, com certeza uma exigência da comissão que contratou o artista. O Projeto Eliseu Visconti guarda álbum do artista contendo fotos dos constituintes, utilizadas para retratá-los no cartão e no painel definitivo [P701].
Com o sentimento de preservar para o olhar das futuras gerações o detalhado processo criativo de suas decorações, Eliseu Visconti doou para o governo do então Distrito Federal, em 1942, os principais estudos originais realizados para a confecção dos painéis do Theatro Municipal. No ano seguinte, segundo matéria publicada em “O Jornal” de 11 de maio de 1943, satisfeito com a maneira como os estudos das obras do Theatro foram incorporados ao patrimônio municipal, Visconti fez nova doação ao Museu da Cidade que, à época, funcionava em Copacabana, na Praça Cardeal Arco Verde. Desta feita a doação compreendeu todos os estudos das decorações realizadas para o Palácio Pedro Ernesto, então Conselho Municipal, e para o Palácio Tiradentes, que abrigava a Câmara dos Deputados.
Os estudos doados referentes a pintura do Palácio Tiradentes compreenderam dois cartões de transferência, [D741] e [D742], que abrangiam a totalidade da pintura que representa a assinatura da Constituição de 1891. Até recentemente, no entanto, estes dois estudos não se encontravam relacionados nas obras pertencentes aos museus da cidade do Rio de Janeiro. Assim, este cartão, bem como o [D742], eram considerados desaparecidos, sendo que as únicas imagens que se possuia deles eram as publicadas no livro biográfico de Frederico Barata, de 1944.
Em abril de 2019, com base na notícia do jornal acima citado, o Projeto Eliseu Visconti solicitou ao Museu da Cidade que fizesse uma busca pelos estudos. Essa busca teve algum êxito, tendo sido encontradas cinco partes deste estudo [D741], bastante deterioradas, coladas em cartão, após uma tentativa de restauração feita na década de 1990. Para compor o desenho [D741], ficou faltando uma parte que, supõe-se, tenha se perdido por completo.
Eliseu Visconti registrou em foto este estudo para o Palácio Tiradentes em versão ainda não definitiva, com alguns congressistas em posições que diferem do desenho final, como mostra a fotografia do acervo do Projeto Eliseu Visconti, proveniente de negativo em vidro. Diversos desses negativos foram digitalizados pelo Instituto Moreira Salles em dezembro de 2017.