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P408 - Flores da rua


Assinatura

Procedência

Coleção Louise Visconti
Coleção Tobias d’Angelo Visconti
2003 (set.) – Leilão da Bolsa de Arte, Rio de Janeiro
Coleção Airton Queiroz

Localização Atual Exposições Individuais Exposições Coletivas Publicações Comentários

Visconti havia chegado de volta do Brasil, onde estivera para instalar seus painéis decorativos no foyer do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no final de abril de 1916. Desvencilhado de suas obrigações com o grande projeto e seus prazos de entrega, o pintor ficou livre para registrar seus temas favoritos e fazer as pesquisas que o animavam desde o início da carreira. Nesta pintura, o tema é mais uma vez o refúgio em Saint Hubert, e todos os elementos da paisagem são formados por muitas cores, porém, em cada um deles, o pintor usou uma fatura diferente. Desde a mais lisa, na casa ao fundo e na rua; no céu com a tinta rala, aplicada horizontalmente e deixando entrever a textura da tela; na copa das árvores e folhagens com pinceladas sobrepostas, em direções variadas e algumas tintas em relevo; no pequeno grupo de três crianças apenas esboçado; até a fatura mais ousada, no muro e na casa em primeiro plano, com longas pinceladas, principalmente verticais, espaçadas sobre a tela crua.

Consta de uma das listas de obras pertencentes à família, manuscrita pelo filho do pintor, Tobias d’Angelo Visconti, como “Flores da Rua, paisagem de Saint Hubert com Tobias, Affonso (Nosso) e Henriette”, com a data sugerida c.1919. O termo “nosso” era usado na família para distinguir o filho do pintor, do irmão deste, que também se chamava Afonso. Na 30ª Exposição Geral de Belas Artes, foi exposta com o título “Para a escola”, de acordo com sua reprodução na Revista da Semana, de setembro de 1923.  Nos catálogos das exposições Retrospectivas de 1949, 1954 e 1994 essa pintura foi registrada com a data de 1916; e no de 1967, com o título Aspectos de Saint Hubert. Na Biografia de Barata, de 1944, consta da legenda de sua reprodução: “Paris, 1916 (Das galerias do Solar de Monjope)” – uma informação equivocada, uma vez que até bem pouco tempo a pintura ainda pertencia à família Visconti. Muito provavelmente, foi exposta na Galeria Jorge, em 1920, na exposição individual de Visconti, com o título Flores do campo. Foi restaurada no atelier de Cláudio Valério Teixeira, entre julho e agosto de 2003.