Do primeiro concurso da República para Prêmio de Viagem ao estrangeiro participaram mais seis concorrentes. Como forma de manter o anonimato e garantir a isenção do júri, cada concorrente adotou uma palavra e um símbolo para sua identificação. Visconti, talvez pressentindo a vitória que o levaria à sonhada viagem, utiliza a palavra “Adeus” associada ao seu nome. E adota, como símbolo, a representação gráfica do triângulo invertido, prenúncio do papel de protagonista que conferiria à mulher em sua eclética obra.
Dividido em três etapas, a primeira prova do concurso, de caráter eliminatório, consistia na execução de uma academia desenhada. Como segunda prova, os candidatos foram orientados pelos jurados a pintar um modelo vivo em trinta sessões, privilegiando-se a melhor capacidade de compreensão do caráter do modelo, com destaque para a qualidade da pintura e do desenho. O trabalho executado por Visconti para essa etapa encontra-se no Museu Dom João VI, no Rio de Janeiro.
Para a última prova, os concorrentes, isolados em cabines especialmente construídas, deveriam realizar uma composição histórica tendo como tema “A aparição dos três anjos a Abraão”. No julgamento dos trabalhos dessa etapa os jurados consideraram, como critérios essenciais, a harmonia e o equilíbrio da composição, bem como a imaginação, nos aspectos formais e nos efeitos colorísticos.
Visconti obteve o primeiro lugar nas três provas, tendo sido declarado vencedor do concurso em 26 de dezembro de 1892. Participaram da comissão julgadora os professores Henrique Bernardelli, Rodolpho Amoedo, Modesto Brocos e Pedro Weingartner. O Jornal do Brasil, em sua edição de 20 de janeiro de 1893, noticiou a conquista de Eliseu Visconti.
Em 28 de fevereiro de 1893, o artista partia para a Europa a bordo do navio Congo. Pode-se imaginar com que emoção e ansiedade transcorreu sua viagem, sabedor de que concluiria sua formação numa Paris em que a arte adquiria novas formas. Quatro anos antes, em comemoração ao centenário da Revolução Francesa, a cidade dos sonhos realizara a Exposição Universal de 1889, grande festa da modernidade, com um lugar privilegiado reservado às artes plásticas. Na Exposição, notabilizada pela inauguração da Torre Eiffel, Henrique Bernardelli, professor e incentivador da viagem de Visconti, fizera-se presente, obtendo a Medalha de Bronze com a tela Os Bandeirantes.
Desembarcando em Paris, Visconti escreve à sua protetora, a baronesa de Guararema, ainda excitado com a viagem e maravilhado com as belezas da cidade, mas com saudades do Brasil e de todos que deixara. A baronesa responde a Visconti:
“Bom Eliseu
[…] É de esperar que, cheio de vida e coragem como és, terás já compreendido tua nobre missão, esquecendo no trabalho as saudades, lembrando-te do futuro brilhante que te abre as asas para conduzir-te à glória de artista notável. Eu Eliseu, se chegasse a ver isto, teria imenso prazer, prazer este que só se pode comparar ao que há de experimentar tua própria mãe […].
Rio, 8 de maio de 1893.”
Falecida em 1898, a baronesa não presenciaria a glória que sua sensibilidade pressagiou para Visconti. Tampouco veria novamente Eliseu, que retornaria ao Brasil somente em 1900.
Na capital francesa, Visconti tem como primeiro endereço a Rue du Croissant, no 2º arrondissement. Relaciona-se com Ângelo Agostini e Félix Bernardelli, artistas brasileiros que lá se encontravam. Em plena Belle Époque, pontificavam, nos idos de 1893, os impressionistas e os artistas ligados ao simbolismo e ao art nouveau. Monet capturava mais uma impressão da catedral de Rouen, da série que pintaria entre 1892 e 1894. O temperamento investigativo de Visconti certamente não passaria indiferente ao contato com essas correntes de pensamento que predominavam na Paris da virada do século XIX para o XX.
Submetendo-se às provas para admissão na École des Beaux-Arts, Visconti, dentre 321 candidatos que se apresentaram ao concurso, obtém ao final excelente resultado, com a sétima colocação dentre os 84 concorrentes que lograram ultrapassar a fase eliminatória dos exames. Mas antes disso, ingressa na Académie Julian, ateliê de Bouguereau e Ferrier, sendo que o primeiro lhe servirá de referência ao se candidatar para o ensino oficial da École. O sistema de concursos para a École des Beaux-Arts de Paris incentivava que os alunos frequentassem paralelamente ateliês privados, onde se iniciavam nos estudos de nu masculino ou feminino.
No entanto, Visconti não ficaria muito tempo como aluno da École. Em fevereiro de 1894, seu nome desaparece das listas de presença. Para cumprir as tarefas exigidas pela sua condição de pensionista, preferiu Visconti frequentar apenas a Académie Julian, que lhe dava todas as condições para executar com liberdade as pinturas e desenhos de modelo vivo, obrigatórios nos dois primeiros anos de seus estudos e que deveriam ser enviados à Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Algumas suposições podem explicar o abandono da École por parte de Visconti. Em primeiro lugar, a École era para o artista o primeiro degrau de sua iniciação, com sua formação longa e rígida, inteiramente fundamentada no desenho. Daí o desinteresse de Visconti pela disciplina excessiva que lhe conferia pouca liberdade, posto que não era um iniciante. Também a estrutura de concursos e premiações da École era voltada para preparar os alunos que tinham por objetivo um concurso final reservado apenas aos franceses, o Prix de Rome (Prêmio de Roma). Tais fatos eram agravados pelos frequentes problemas de relacionamento com os alunos estrangeiros.[1]
Mas Visconti, para adquirir novos conhecimentos e satisfazer ao seu temperamento inquieto, inscreveu-se na École Guérin, onde, de 1894 a 1898, seguiu o curso de desenho e arte decorativa de Eugène Grasset, considerado uma das mais destacadas expressões do art nouveau.
Pela primeira vez, um pensionista brasileiro afastava-se dos caminhos tradicionais, que levavam inevitavelmente aos mestres acadêmicos, para dedicar-se ao estudo da arte decorativa. Aliás, um dos polos do art nouveau, o simbolismo, liga-se ao pré-rafaelismo, daí a presença desses dois aspectos na obra inicial de Visconti.[2]
Visconti receberia de Grasset marcante influência. No logotipo de Je Sème à Tout Vent, elaborado por Grasset para o Larousse, inspirou-se, por exemplo, para realizar o ex-libris da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Produz, ainda em 1896, a ilustração para a capa do primeiro número da Revue du Brésil, que representou a primeira manifestação concreta de propaganda do nosso país no exterior. A capa da Revue du Brésil revela e perpetua a contribuição de Visconti à arte da ilustração, através da qual introduziu o art nouveau nas artes gráficas do Brasil.
Essa participação do mestre Eliseu Visconti tem tanto maior expressão quanto menos ignoramos que, posto que haja sido contemporânea à de Gustav Klimt, em Viena, e à de Picasso, em Barcelona, foi, todavia, anterior à de Oskar Kokoschka, em Berlim, e à de Kandinsky, em Munich, cujas participações nas artes gráficas, obedecendo às fórmulas da arte nova, ocorreram na primeira década do Novecentos.[3]
Frequentar a École Guérin levaria Visconti a estabelecer a relação entre pintura e objeto, entrar em contato com os aspectos industriais da confecção de peças e descobrir a arte aplicada. Assim como Gauguin, com quem mantivera contato, Visconti seria seduzido pela ideia de criar e decorar objetos, moldando e pintando peças de cerâmica.[4]
Tendo a necessidade de prosseguir com os trabalhos obrigatórios durante o terceiro ano de sua permanência em Paris, Eliseu Visconti empreendeu inúmeras viagens a Madri, onde, em agosto de 1895, iniciou uma cópia em tamanho natural da obra Rendição de Breda, de Velásquez. Rodolpho Bernardelli, então diretor da Academia Nacional de Belas Artes, incentivou Visconti a executar esse exaustivo e grandioso trabalho, argumentando que essa cópia do mestre espanhol seria a única a fazer parte do acervo do museu da Academia. Concluído em meados de 1896, o trabalho foi enviado ao Brasil e, muito elogiado, participou do Salão Nacional de Belas Artes daquele ano. Durante cerca de sessenta anos, ficou exposto na entrada do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Outras cópias foram executadas por Visconti no Museu do Prado nos anos de 1895 e 1896, dentre elas Las Niñas, Marianna d’Áustria e Infante Carlos, todas de Velásquez, a quem Visconti certamente muito deve, pelas soluções que daria aos problemas da luminosidade em diversos de seus futuros trabalhos.
Se considerarmos que a escolha de determinado pintor pode ser feita por afinidade visual, podemos levantar a hipótese de que a linguagem inovadora de Velásquez, graças à composição e à perspectiva insólitas do quadro As Lanças, proporcionou a Visconti elementos como noções de perspectiva e uso de cores que viriam a amadurecer em contato com artistas ligados a outros movimentos, como os impressionistas.[5]
Para os que seriam os dois últimos anos de seus estudos na Europa, deveria Visconti executar uma tela de 24 m² intitulada Saída da Vida Pecaminosa, tema extraído da Divina Comédia, de Dante. Chegou a executar um estudo de dimensões menores sobre o tema. No entanto, a ajuda financeira para executar o grande quadro, apesar de autorizada pelos professores da Escola Nacional de Belas Artes, foi vetada. A desobrigação em realizar obra de tamanho vulto acabou por ser benéfica à carreira do pintor, que pôde prosseguir em suas pesquisas com liberdade.
Durante sua permanência em Paris, Eliseu Visconti produziu inúmeras obras, de gêneros diversos, que marcariam sua trajetória artística, participando seguidamente das exposições anuais nos Salons de Paris (Salon des Champs-Elysées e Salon du Champ de Mars). Entre os anos de 1894 e 1898, expõe Menina com Ventarola, A Leitura, Retrato de Alberto Nepomuceno, Comungantes, A Convalescente, Sonho Místico, Fatigada e Recompensa de São Sebastião. O maestro Alberto Nepomuceno mantinha forte amizade com Visconti e com os irmãos Bernardelli. Esteve em Paris em 1894 para aperfeiçoar-se no estudo do órgão e, diante desse instrumento, foi retratado por Visconti, obra exposta no Salon des Champs-Elysées. De volta ao Brasil, Alberto mantém correspondência regular com Eliseu, na qual trocam experiências e discorrem de forma afetuosa e com intimidade sobre suas carreiras, que acabariam por se tornar, para ambos, a concretização dos sonhos daqueles tempos. Em 1899, Nepomuceno comporia a canção Liebslied dedicada a Visconti, retribuindo o magnífico retrato.
Visconti produz, em 1898 e 1899, importantes obras influenciadas pelos movimentos simbolista e art nouveau, dentre elas a Gioventù, que se tornaria a obra mais enigmática e mais reverenciada do pintor, considerada por vários críticos como a Mona Lisa brasileira. Rafael Cardoso define a obra de Visconti como um dos mais intrigantes quadros da arte pátria e admite mesmo a hipótese de que Visconti nos quisesse remeter à famosíssima dama de Da Vinci.[6] Gioventù foi exposta na Exposição Universal de Paris, em 1900, juntamente com Oréadas, sendo as duas telas premiadas com a Medalha de Prata. Na mesma Exposição Universal, consagradora do art nouveau, Visconti recebe a Menção Honrosa na Seção de Artes Decorativas e Artes Aplicadas.
A importância dos trabalhos de Eliseu Visconti nos últimos anos de sua permanência em Paris como bolsista do governo seria reafirmada em 1904, quando a tela Recompensa de São Sebastião (1898) recebeu a Medalha de Ouro na Exposição Internacional de St. Louis, nos Estados Unidos. Visconti seria o único brasileiro a ganhar a Medalha de Ouro em Pintura e o único latino-americano a receber uma medalha, de Bronze, na nova seção da exposição referente a Arte Aplicada à Indústria. Outro brasileiro ganharia uma Medalha de Ouro naquela exposição internacional: o general Souza Aguiar mereceu a honraria máxima, em arquitetura, pelo projeto que realizou para nosso pavilhão. A concepção do projeto, em estrutura metálica, permitiu que, ao término da exposição, o prédio fosse desmontado e transladado para a Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, onde foi remontado em 1906 e batizado como Palácio Monroe, em homenagem ao presidente norte-americano James Monroe, criador do pan-americanismo. O Palácio Monroe foi demolido em 1976.
Também executada no período de bolsista, a tela Sonho Místico, de 1897, seria adquirida pelo governo do Chile, em 1910, após exposição no Museu de Belas Artes de Santiago, que estava sendo inaugurado.
Do seu período de formação na França, pode-se dizer que Visconti estava constantemente procurando conjugar as novas linguagens que se ofereciam ao seu alcance. Modifica sua pintura tanto na temática quanto na linguagem formal, e consequentemente na técnica, seguindo os movimentos contemporâneos do simbolismo, do impressionismo e do art nouveau. A opção consciente por novos temas ou novas linguagens não se estruturou, em contrapartida, a partir de um rompimento com a tradição.[7]
Aproveitando-se do ambiente que o cercava, Visconti amplia e ilumina sua paleta, absorvendo nítidas influências do movimento impressionista, como na tela Primavera, de 1895, e, principalmente, Patinhos no Lago, de 1897. Eram decorridos 23 anos da primeira exposição do movimento, realizada em 1874, embora sua aceitação na Europa somente fosse ocorrer nas décadas de 1880 e 1890. Como bem observa Paulo Herkenhoff, esse mesmo lapso de tempo (23 anos) separa os primeiros trabalhos expressionistas de Munch (mostra em Berlim, 1892), das obras expressionistas de Anita Malfatti, executadas a partir de 1915.[8]
Teria sido tardia a filiação de Eliseu Visconti aos postulados impressionistas? Uma análise simplesmente cronológica diria que sim, pois convencionalmente surgido em 1874, o impressionismo na França já cedia espaços ao expressionismo, ao fauvismo e ao cubismo, quando Visconti utiliza aquela técnica na transição do século XIX para o século XX. No entanto, uma regressão à época, na qual o conservadorismo e a morosidade das comunicações imprimiam um movimento lento à propagação da evolução artística, mostrará que a capital francesa é uma exceção, para onde artistas de todo o mundo são atraídos pelos novos experimentos.
Mas, com relação a outros países, a contribuição de Visconti não foi tão defasada (quanto em relação à França). Pintores de destaque na Europa e na América foram contemporâneos de Visconti na incorporação de recursos impressionistas às suas paletas.[9]
Mesmo na França, a aceitação do impressionismo por parte do público começa a ocorrer em 1880, a partir da última exposição dos impressionistas. O governo francês só reconheceria oficialmente a nova pintura em 1892, ao adquirir um quadro de Renoir.
Em 1898, encerrado seu pensionato do Estado pela ENBA, Visconti decide permanecer na França por conta própria. Retornaria ao Brasil somente após a Exposição Universal de 1900, deixando em Paris a jovem francesa Louise Alexandrine Palombe, companheira desde 1898 e com quem ficaria casado pelo resto de sua vida. Visconti e Louise ainda precisariam de alguns anos para vencer a resistência dos pais da jovem e consolidar sua união. Certamente eles não permitiram que Louise, então com 18 anos de idade, acompanhasse o artista em seu retorno ao Brasil. No entanto, em carta de despedida datada de 18 de outubro de 1900, Visconti deixa claro que conhecer Louise mudaria sua vida:
“Minha Louise
[…] É hoje mesmo que parto, mas me é difícil acreditar nisso […]. Em algumas horas, você não me verá mais nos cantos das ruas vindo ao seu encontro, éramos bem felizes, não é? Sim, minha Louise, começa para mim uma outra existência. Até o presente eu não tinha outro ideal senão a arte, como você não tinha outro ideal senão o amor e o futuro […]. Eu lhe escreverei de bordo, do meio do mar, lhe contarei mil coisas de minha nova existência.”
Além de sua discípula em pintura, Louise se tornaria figura marcante e inspiradora da obra de Visconti. Frederico Barata chegou mesmo a dividir sua obra em duas grandes fases: anterior e posterior à união com Louise. Para Carlos Drummond de Andrade,
“Louise foi o mais amado entre os modelos do pintor, e Visconti, em matéria de modelos, preferia-os familiares porque eram aqueles […] a quem, por muito amar, muito compreendia […] Tantos e tantos quadros do mestre Visconti revelam-no de fato o pintor de família.”[10]
E é o próprio Visconti quem diz: “A família, primeiro; a arte, depois. Uma não é incompatível com a outra, como muitos pensam. Ao contrário, as duas se completam.”
Dedicação à família e à arte, em doses que permitiram uma harmonia entre as duas, foi o segredo do sucesso que Visconti experimentou em todas as áreas da sua vida, e que ainda hoje se pode sentir, através de sua obra, como um imenso prazer de viver.[11]
[1] José Luiz da Silva Nunes, 2003, p. 57-58.
[2] Frederico de Morais, Eliseu Visconti e a Crítica de Arte no Brasil, Aspectos da Arte Brasileira, 1980.
[3] Hugo Auler, “Art nouveau e seus reflexos na aristocracia brasileira do novecentos”. Correio Brasiliense,
[4] Rosa Nepomuceno, Eliseu d’Angelo Visconti: A arte além das telas. Rio de Janeiro: Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro, 2002. Série Memória.
[5] Ana Heloisa Molina, A Influência das Artes na Civilização: Eliseu d’Angelo Visconti e a Modernidade na Primeira República, tese de doutorado em História, Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Curitiba, 2004.
[6] Rafael Cardoso, A Arte Brasileira em 25 Quadros (1790-1930). Rio de Janeiro: Record, 2008.
[7] José Luiz da Silva Nunes, 2003, p. 108-110.
[8] Paulo Herkenhoff, Entre Duas Modernidades: do Neoclassicismo ao Pós-Impressionismo na Coleção do Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro: MNBA, 2004.
[9] José Roberto Teixeira Leite. In: Arte no Brasil, 2 v. Rio de Janeiro: Editora Abril, 1979.
[10] Carlos Drummond de Andrade, “A musa de Visconti”. Correio da Manhã (Imagens de Arte), 20 fev. 1954.
[11] Mirian Nogueira Seraphim, “Dedicação e harmonia: família e arte na vida de Eliseu Visconti”. In: Anais do XXIII Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte. Rio de Janeiro: CBHA/UERJ/UFRJ, 2004, p. 381-389.