Em seu programa de exaltação da vida cultural, a Academia Carioca de Letras realizou em novembro de 1944 uma sessão pública em homenagem à memória do pintor Eliseu Visconti, falecido um mês antes. A sessão foi presidida pelo Sr. Carlos Sussekind de Mendonça e contou com a presença da família Visconti, artistas, escritores e outras personalidades da sociedade carioca.
Três oradores apreciaram a vida e a obra do artista. Foram eles: dois convidados — o professor Oswaldo Teixeira e o jornalista Frederico Barata — e um acadêmico: Carlos da Silva Araújo. O então Diretor do Museu Nacional de Belas Artes fez a apreciação da obra do homenageado sob o título “Mestre Visconti”. Frederico Barata, biógrafo apaixonado do artista, discorreu sobre “Um pintor que não morreu”. E o acadêmico Carlos da Silva Araújo deu ao seu estudo o título “Dois retratos da minha galeria”, discorrendo sobre um autorretrato de 1910 e sobre o Retrato do Maestro Alberto Nepomuceno. O momento em que Carlos da Silva Araújo apresentava seu trabalho foi registrado em foto do Diário de Noite, de 20 de novembro de 1994. Ao fundo aparecem Louise, esposa de Visconti, e familiares.
Este é o convite para a solenidade, que foi objeto de reportagem em “O Malho”, edição XII de 1944. A partir dos textos dos três oradores foi editada a publicação “Eliseu D’Angelo Visconti”. Rio de Janeiro: Gráfica Sauer/ Biblioteca da Academia Carioca de Letras, 1945 (Cadernos 16).