CV1935 - Convite para a inauguração do XLI Salão Nacional de Belas Artes – 1935

  • Tipo de Documento Convites e Catálogos
  • Ano 1935
  • Acervo Projeto Eliseu Visconti

Visconti, ladeado pelo Presidente Getúlio Vargas e por Gustavo Capanema, no Salão de 1935
Visconti, ladeado pelo Presidente Getúlio Vargas e por Gustavo Capanema, no Salão de 1935

Mais uma vez, em 1935, Visconti está à frente da Comissão Organizadora do Salão, como mostra o convite, função que exerceria ainda por mais dois anos. Também integra o juri da Seção de Pintura, eleito pelo Conselho Nacional de Belas Artes.
Visconti expõe no Salão três obras: Autorretrato 1934 [P022], Retrato de um Comendador [P217] e Minha casa em Teresópolis [P617].
Há relatos de que Visconti teria sofrido uma congestão ou derrame cerebral na velhice, o que lhe teria ocasionado uma pequena paralisia facial. Esta paralisia teria realmente ocorrido, se nos reportarmos a um artigo publicado no Correio da Manhã em 18 de agosto de 1935, quando o crítico Terra de Senna, encarregado de apreciar o Salão Nacional de Belas Artes de 1935, comenta sobre o autorretrato de Visconti ali exposto fazendo referências à congestão de Visconti:
“…Ante todas as suas maiores telas, uma pequenina, bem pequenina mesmo avulta! É realmente grande! É o “Retrato” (cabeça de expressão). Havia sido o mestre glorioso acometido de uma congestão. Em suas faces macilentas, marcadas já pela idade avançada, há um ritmo de dor. Interpreta o pintor sua própria máscara. E o seu rosto, na contração dolorosa da moléstia que o sacrifica, nos parece lindo, porque fixa mais que o sofrimento, a eternização de uma arte que os quase setenta anos não destroem! Eliseu Visconti dá majestade e beleza à dor, à sua própria dor.”