CR1938B - Carta de Eliseu Visconti para seu filho Tobias d’Ângelo Visconti – 7 de abril de 1938

  • Tipo de Documento Correspondências - Após 1920
  • Ano 1938
  • Acervo Projeto Eliseu Visconti

Esta pequena carta Eliseu Visconti encaminha a seu filho Tobias d’Ângelo Visconti que, em 1938, faz uma longa viagem à Europa, lá permanecendo por vários meses. Visconti acusa o recebimento de uma longa carta de seu filho e, ao final, pede cartas menos detalhadas e mais frequentes. Tobias, então com 28 anos de idade, ainda morava com os pais e o irmão Afonso na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana. Afonso aproveita o mesmo papel para escrever ao irmão.
Assim como na correspondência anterior [CR1938A], Visconti comenta que esteve no dia 3 de abril no Theatro Municipal para um encontro com o então Prefeito Henrique Dodsworth, convidado para ver o pano de boca novamente no lugar, já restaurado e com os adendos laterais que Visconti havia colocado. Uma composição de flores ornamenta os adendos laterais do pano de boca, composição esta que teve a colaboração de Louise, observada numa das aquarelas pintadas pela esposa de Visconti. O pano de boca seria reinaugurado em 9 de abril, no primeiro espetáculo do ano. E o artista diz estar agora esperando pelo “milho”, ou seja, o pagamento pelo seu trabalho. Note-se que nas duas primeiras cartas que escreve a seu filho, Visconti comenta sobre o alargamento do pano de boca, demonstrando mais uma vez com orgulho a importância que teve para si a execução das obras de decoração do Theatro Municipal.
A carta está transcrita a seguir.

7 – 4 – 38                                                  Meu Tobias

Finalmente recebemos a tua desejada carta. Amanhã iremos passar 3 dias a Teresópolis.
No dia 3 esteve no Theatro Municipal o Prefeito Henrique convidado de propósito para ver o pano de boca. Estivemos trocando ideias, achou tudo bom. No dia 9 será inaugurado no primeiro espetáculo do ano. Esperemos, agora, pelo milho, que não será tão certo. Seguirá carta mais detalhada. Você está sempre em nossa presença. Cuide da saúde. Sem ela a vida de nada vale, nem o dinheiro.
                                                               Seu pai.
Cartas menos longas e mais à miude.