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P022 - Autorretrato 1934


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Coleção Louise Visconti
Coleção Afonso d’Angelo Visconti
Coleção Hecilda e Sérgio Fadel

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Carlos da Silva Araújo, em seu discurso de homenagem póstuma a Visconti, na Associação Carioca de Letras, comenta o Autorretrato em três posições [P023], dizendo que Visconti teria chegado a ser cruel consigo mesmo, e acrescenta: “É que o pintor insigne sofrera um pequeno derrame cerebral. […] A lesão trouxera, como sói tanta vez acontecer, a paralisia de nervos faciais e com ela modificações fisionômicas.” Ele não cita a data do acidente vascular, porém neste autorretrato, anterior ao por ele comentado, os efeitos da paralisia facial parecem ainda mais acentuados: a boca aberta, como em nenhum outro, e o olho esquerdo com a pálpebra caída, que pode ser visto também em outros [P017; P020]. Apesar disso, a gravata borboleta e os óculos redondos demonstram que o pintor mantinha a elegância de sempre.

Esta pintura foi apresentada no ano seguinte, no 41° SNBA, como Retrato (cabeça de expressão), e sobre ela foi publicado um comovente comentário no Correio da Manhã, de 18 de agosto de 1935: “Em suas faces macillentas, marcadas já pela edade avançada, ha um rythmo de dôr. Interpreta o pintor sua propria mascara. E o seu rosto, na contracção dolorosa da molestia que o sacrifica, nos parece lindo, porque fixa mais que o soffrimento, a eternização de uma Arte, que os quasi setenta annos não destróem! Ah! o pintor não sabe dar vida sómente á paizagem verde e alegre dos nossos campos, a harmoniosa ondulação das nossas aguas, a carnação clara e inebriante dos seus modelos. Elyseu Visconti dá majestade e belleza á dôr, a sua propria dôr”.


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