Visconti e o Impressionismo

 

Vídeo com as principais obras impressionistas de Visconti

 

Eliseu Visconti, cheio de receptividade para todas as manifestações evolutivas, ávido de conhecimentos, sentiu os movimentos impressionistas e neo-impressionistas, compreendendo-lhes a importância e, longe de repeli-los “in-limine”, neles se deteve, utilizando para a própria obra muito da experiência dos gênios inovadores. Quero considerar a sua obra com a importância de um marco divisório, precursora real da inquietação moderna nas pesquisas ininterruptas, no estudo contínuo e incessante das mais diversas formas de expressão.

Frederico Barata – “Eliseu Visconti e Seu Tempo”. Editora Zelio Valverde – 1944.


“Toda trajetória artística de Visconti é marcada por essa ânsia de encontrar uma expressão plástica correspondente à sua sensibilidade…..a sua grande trajetória artística…..do academismo ao modernismo, passando pelo impressionismo é o traço de união da pintura brasileira: liga a pintura da Academia à pintura atual”.

José Maria Reis Júnior. “História da pintura no Brasil” – 1944.


Não sei de todas as etapas, de todas as fases do grande pintor (Eliseu Visconti), qual a melhor; todas foram boas, direi com justo acerto: magníficas.

Oswaldo Teixeira – Prefácio do Catálogo da Exposição Retrospectiva de Eliseu Visconti no Museu Nacional de Belas Artes – 1949.


Até os retratos dos últimos tempos, até as paisagens de Saint Hubert e Teresópolis, o que Eliseu Visconti produziu tinha qualidades, mas não chegava a sagrá-lo como o inaugurador da pintura brasileira, como o seu marco divisório. Com eles, nasce uma nova paisagem na pintura do Brasil.

Mário Pedrosa – “Visconti diante das modernas gerações”. Correio da Manhã – 1 de janeiro de 1950.


Foi Visconti o primeiro impressionista que tivemos, abrindo para nossos pintores um campo amplo de pesquisas e identificação com todas as correntes artísticas contemporâneas.

José Simeão Leal – Catálogo da Exposição Retrospectiva de Visconti. II Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo – 1954.


Quase todos os retratos assinados por Visconti têm essa “inteligência sensível” que, por uma absorção misteriosa, permite figurar ao mesmo tempo e no mesmo envoltório carnal, modelo e artista.

Carlos Drumond de Andrade. Correio da Manhã – 20 de Fevereiro de 1954.


Eliseu Visconti é, para nós, o precursor da arte dos nossos dias, o nosso mais legítimo representante de uma das mais importantes etapas da pintura contemporânea: o impressionismo.

Flávio de Aquino – Catálogo da Exposição Retrospectiva de Visconti. II Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo – 1954.


Visconti foi o mais importante artista do primeiro terço do século (século 20) no País, não só porque sabia pintar, mas porque pintava, apesar de tudo, uma coisa nova.

Mário Barata – Catálogo da Exposição de Eliseu Visconti. Museu Nacional de Belas Artes – 1967.


Eliseu Visconti teve a coragem de romper com as tradições acadêmicas e conservar-se impressionista até os últimos dias de sua vida, principalmente nas paisagens impregnadas de luz tropical e de lirismo de composição, que o tornaram maior do que Monet, Renoir, Seurat, Pissarro, Sisley e Cezanne.

Hugo Auler – “Eliseu Visconti – Precursor do Modernismo”. Correio Brasiliense – 22 de outubro de 1967.


Chego a ponto de situar a importância da obra viscontiniana em nossas artes plásticas: passamos a ter um pintor que estava em dia com a vanguarda européia, ou mais precisamente, com certa vanguarda que prosseguia a perspectiva impressionista. Ao que tudo indica, Visconti foi quem mais solidamente representou o impressionismo entre nós.

José Paulo M. Fonseca – Catálogo da Exposição de Eliseu Visconti. Museu Nacional de Belas Artes – 1967.


Embora não tenha acompanhado em suas realizações pictóricas todos os avanços de Picasso e Léger, Eliseu Visconti se deteve no impressionismo, que era uma conquista para o seu tempo brasileiro. Não se trata de um modismo, mas de uma incorporação mais elaborada, do trabalhador amoroso a enriquecer suas telas com cores cuidadosamente distribuídas.

Flávio Mota – “Dicionário das Artes Plásticas no Brasil” de Roberto Pontual. Editora Civilização Brasileira – 1969


Eliseu Visconti é o mais importante representante do impressionismo no Brasil.

Jornal do Brasil – Caderno B – “Os mestres na pintura”. 13 de abril de 1974.


Visconti não veio de uma tradição urbana, como os franceses; sua origem é mais pura, mais provinciana. E nesse ponto ele é superior aos mestres de Paris. Era um pintor direto, pintava como Rembrandt fazia um desenho.

Giuseppe Baccaro. Revista ISTO É – 28 de dezembro de 1977.


Eliseu Visconti, quando regressou ao Brasil, sob o clima tropical, outra luminosidade e outras cores exerceram influência sobre ele, para criar um impressionismo próprio. É a esse processo gradativo de pequenas alterações e aclimatamentos que chamamos de impressionismo brasileiro, de Impressionismo Viscontiniano.

Maria José Sanches – “Impressionismo Viscontiniano”. Dissertação apresentada para obtenção do grau de Mestre em Artes. Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo – 1982.


Eliseu Visconti, ao penetrar no impressionismo, revela toda sua pujança de modernidade, diluindo as formas com grande maestria, conseguindo belos efeitos luminosos, só vistos nos impressionistas franceses mais famosos.

Nagib Francisco. Curador da exposição comemorativa do cinquentenário da morte de Eliseu Visconti, realizada no MNBA em 1994.


É uma beleza de trabalho. Ele era o que havia de melhor na pintura de sua época, e a prova disso é que a qualidade do seu trabalho é reconhecida até hoje.

Carlos Scliar em depoimento ao Jornal do Brasil em 22 de julho de 1995. Comentando sobre a beleza do Pano de Boca do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.


Eliseu d’Angelo Visconti, embora tardiamente, foi o mais legítimo introdutor do impressionismo no Brasil, tornando-se modelo para inúmeros artistas pré-modernistas.

Pedro Xexéo – Na publicação “Museu Nacional de Belas Artes – Acervo”. Dezembro de 2002.


É Eliseu Visconti que melhor evidencia a passagem entre a arte convencional e os anseios dos modernistas. O artista desenvolve trabalhos que se relacionam com a questão impressionista adequada à sociedade moderna que se prenunciava no Rio de Janeiro e no Brasil.

Marcus de Lontra Costa – Curador da exposição “Imagem e Identidade”. Site da Investnews – 7 de Dezembro de 2002

PATINHOS NO LAGO - OST - 60 x 81 cm - 1897 - COLEÇÃO PARTICULAR
PATINHOS NO LAGO
JARDIM DO LUXEMBURGO - OST - 50 x 60 cm - 1905 - COLEÇÃO PARTICULAR
JARDIM DO LUXEMBURGO
MOÇA NO TRIGAL - OST - 65 x 80 cm - c.1916 - COLEÇÃO PARTICULAR
MOÇA NO TRIGAL – c.1916
VOLTA ÀS TRINCHEIRAS - OST - 95 x 125 cm - c.1917 - COLEÇÃO PARTICULAR
VOLTA ÀS TRINCHEIRAS
CARRINHO DE CRIANÇA - OST - 65 x 81 cm - c.1917 - MUSEU CASTRO MAIA - CHÁCARA DO CÉU - RIO DE JANEIRO/RJ
CARRINHO DE CRIANÇA
A FAMÍLIA DO ARTISTA - OST - 126,5 x 95,0 cm - c.1918 - COLEÇÃO PARTICULAR
A FAMÍLIA DO ARTISTA
TARDE EM SAINT HUBERT - OST - 95 x 122 cm - c.1917 - COLEÇÃO PARTICULAR
TARDE EM SAINT HUBERT
NA ALAMEDA - OST - 121 x 104 cm - 1931 - COLEÇÃO PARTICULAR
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RAIOS DE SOL - OST - 80 x 60 cm - 1935 - COLEÇÃO PARTICULAR
RAIOS DE SOL
QUARESMAS - OST - 168 x 117 cm - 1942 - COLEÇÃO PARTICULAR
QUARESMAS – 1942

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