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Coleção Tobias d’Ângelo Visconti
2003 – Coleção Tobias Stourdzé Visconti
2005 – Doado ao Museu Nacional de Belas Artes
Embora não seja um caderno de desenho, nestes apontamentos Visconti descreve o processo de colocação do segundo friso sobre o proscênio no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 1934, obras de reforma no Theatro incluíram o alargamento da boca de cena, sendo Visconti chamado para executar o aumento correspondente no friso sobre o proscênio, que originalmente media quinze metros de comprimento. Após analisar o problema, Visconti decide pela execução de um novo friso [P726], com quatro metros a mais, batizando-o com o título As nove musas recebem as ondas sonoras.
Visconti pinta esse novo friso em seu ateliê da Av. Mem de Sá e o recebimento da tela no ateliê em 1934 é descrito na primeira página do caderno. Após algumas anotações sobre venda de telas em 1930, o pequeno diário salta para 6 de janeiro de 1936, iniciando a descrição da colocação do friso no Theatro. Visconti em pessoa, à época com 69 anos, sobe nos andaimes e participa dos trabalhos de colocação do friso, tarefa totalmente concluída em 13 de fevereiro de 1936.
Por ocasião de sua tese de doutorado Les Artistes Bresiliens et “Les Prix de voyage en Europe” A la fin du XIXe siècle: vision d’ensemble et etude approfondie sur le peintre Eliseu d’Angelo Visconti (1866-1944) – U. F. R. d’Histoire de l’Art et Arqueologie, Pantheon Sorbonne, Université Paris I, Paris, 1999, a historiadora e pesquisadora Ana Maria Tavares Cavalcanti traduziu e interpretou todos os relatos que Visconti deixou nos cadernos que hoje encontram-se no acervo do Museu Nacional de Belas Artes. Contando com a colaboração de Tobias d’Ângelo Visconti, filho do artista, esses relatos foram à época datilografados com comentários e fazem parte do acervo do Projeto Eliseu Visconti. Abaixo estão apresentados o texto transcrito e as páginas do caderno manuscritas por Visconti.
