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Procedência1977 (nov.) – Maurício Pontual Galeria de Arte, Rio de Janeiro.
Coleção Agnaldo de Oliveira
Os reflexos azuis que Visconti sempre usou sobre o branco dos tecidos, nessa pintura são intensificados e aparecem não só na sua camisa, mas também sobre a barba e o bigode, no brilho dos cabelos e até manchando o fundo da pintura. A luz vem mais uma vez de trás, diretamente de duas janelas que mostram o céu também azul, projetando uma aura sobre o pintor que, certamente, foi o motivo do adendo com o qual esse autorretrato ficou conhecido. Além dos azuis, a camisa também recebeu reflexos violáceos. Embora a iluminação especial da pintura atraia e encante o olhar, é possível notar com atenção que Visconti registra em sua face uma pálpebra caída, ocasionada por uma paralisia de nervos decorrente de um pequeno derrame cerebral, poucas vezes mencionado. No entanto, seus efeitos podem ser observados em outros autorretratos entre 1934 e 1938 [P022; P020; P023]. A pintura aparece ao lado do cavalete, numa fotografia de Visconti em seu atelier da Av. Mem de Sá, 60, por volta de 1930.
