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P906 - O beijo


Assinatura

Procedência

1902 (mar.) – Aquisição por Sr. José Silva Vieitas
Coleção Francisca de Arruda Botelho Vieitas
1998 (dez.) – Leilão Bolsa de Arte, Rio de Janeiro
Coleção Marta e Paulo Kuczynski

Localização Atual Exposições Individuais Exposições Coletivas Publicações Comentários

Desde o primeiro período da sua carreira, muito antes de ter seus próprios filhos e netos a quem muito retratou desde cedo [P130; P102; P121], Visconti interessou-se pela infância, suas brincadeiras e atividades [P585; P923; P913]. No período de seu aperfeiçoamento na Europa, Visconti representa crianças em diferentes atividades: lendo  [P914]; cantando [P972]; brincando [P910]; ou até em repouso [P312]. Nesta pequena composição, o pintor privilegiou a expressão de carinho que essas criaturinhas inspiram. Além dos lábios na bochecha, o toque suave dos dedos que envolvem cabelos, queixo e flor, sugerem maciez e conforto. O tema da infância será constante em todos os períodos subsequentes da carreira artística de Visconti [P547; P405; P552; P244; P201]. Há ainda de Visconti outra tela com o mesmo título – O beijo [P916] -, retratando sua filha Yvonne criança; e uma outra composição bastante similar a esta aqui em questão: Segredo [P917].

Na primeira exibição desta pequena tela no Brasil, em 1901, Gonzaga Duque a chamou incomparável: “consta apenas de duas cabeças de crianças; uma, de menino […] olhar firme e audaz, […] que lhe dá, prematuramente, a vaga energia d’um pequeno cavalheiro; outra, de menina carinhosa, anjo sem azas, trazendo a alma forte do irmãozinho a suavidade d’um consolo na meiguice d’um beijo”. Foi exposta no Salon de Paris, em 1899, sob o nº 1439, com o título Tendresse. Num dos cadernos de anotações de Visconti, do Acervo do Projeto Eliseu Visconti, consta: “Em 25 de Março de 1902 vendi ao Sr. Silva Vieitas 3 quadros: 1º o ‘Beijo’ Salon ch. de Mars 1899”, e no catálogo da exposição “O desejo na Academia”, consta para esta obra a propriedade de Francisca de Arruda Botelho Vieitas, donde se conclui que a pintura se conservou na família Vieitas por no mínimo 90 anos. Uma nota da Gazeta de Noticias, de 3 de outubro de 1926, p. 10, sobre a exposição de arte decorativa aplicada às indústrias de Visconti, na Galeria Jorge, informa que também quatro telas estavam expostas, dentre elas “<Beijo> que figurou no Champ de Mars, em 1890”, embora nesta última informação a data esteja equivocada.


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