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P726 - As Nove Musas Recebem as Ondas Sonoras – Friso sobre o proscênio do Theatro Municipal do Rio de Janeiro


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PLAFOND E PROSCÊNIO
PLAFOND E PROSCÊNIO

No mesmo período em que executou as pinturas do pano de boca e do plafond sobre a platéia, entre 1905 e 1908, em Paris, Eliseu Visconti preparou a decoração do friso sobre o proscênio do Theatro Municipal, ou seja, o friso que seria colocado no alto do arco da boca de cena do teatro. Com um estilo que se harmonizava com as demais decorações, o friso sobre o proscênio representava nus femininos e anjos esvoaçantes, cujo motivo resumia-se às palavras A poesia e o amor afastando a virtude do vício [P734].
Em 1934, obras de reforma no Theatro incluíram o alargamento da boca de cena, sendo Visconti chamado para executar o aumento correspondente no friso sobre o proscênio, que originalmente media quinze metros de comprimento. Após analisar o problema, Visconti decide pela execução de um novo friso, com quatro metros a mais, batizando-o com o título As nove musas recebem as ondas sonoras. Desta vez Visconti trabalha em seu ateliê na Av. Mem de Sá. No novo friso, utiliza cores que obedecem a uma gradação suave, onde nada destoa, e sobre esses tons em perfeita fusão transparecem as ondas sonoras e as musas, personificadas em belos e sensuais corpos femininos.
Visconti em pessoa, à época com 69 anos, sobe nos andaimes e participa da colocação dos trabalhos do friso, no alto da boca de cena, tarefa totalmente concluída em 13 de fevereiro de 1936. Para a execução do novo friso, Visconti contou com a colaboração de sua filha Yvonne Visconti, de seu futuro genro Henrique Cavalleiro e de seus discípulos Agenor César de Barros e Martinho de Haro. Em um diário [CD019] Visconti descreve detalhes da colocação deste friso no Theatro Municipal. Em sua edição de 29 de janeiro de 1936, o Correio da Manhã noticia a colocação do friso no Theatro.
Em 2009, durante as obras de reforma do Theatro Municipal para a festa do seu centenário, é descoberta em um vão, atrás do friso atual, a pintura original do friso sobre o proscênio, preservada, em bom estado de conservação. Os historiadores acreditavam que a pintura fora destruída, ao ser substituída pelo artista em 1936. Não havia ainda sido observado com atenção o texto deixado por Visconti em um de seus cadernos [CD001], no qual ele afirma que o friso primitivo havia ficado intacto atrás do novo friso.
Clique aqui para mais informações sobre o friso do proscênio.


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