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P701 - Assinatura da Constituição de 1891 – Decoração principal da mesa diretora da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro – Palácio Tiradentes


Assinatura

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Abaixo da assinatura, "Rio 1926".

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Em 1924 Visconti recebe a encomenda para executar o painel decorativo do plenário da Câmara dos Deputados – Congresso Nacional (hoje Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro – Palácio Tiradentes, na Praça XV de Novembro).
Visconti apresenta um primeiro esboço [P703]  representando a posse de Deodoro da Fonseca na Presidência da República. Este primeiro esboço, de fatura mais moderna, foi rejeitado pela comissão constituída por apresentar mulheres em sua composição. Visconti executou então um segundo esboço [P719], aprovado pela comissão, no qual a composição refere-se à assinatura da primeira Constituição da República em 1891, solenidade na qual mulheres não seriam representadas. Este passaria a ser uma exceção dentre os trabalhos decorativos de Visconti, que têm sempre a mulher como protagonista.
A realização do painel definitivo retrata, em tamanho natural, os 63 constituintes num painel em semicírculo, que se encontra atrás da mesa diretora. No painel definitivo percebe-se que o colorido alegre do esboço foi substituído por uma monocromia em tons castanhos, muito provavelmente mais uma exigência da comissão.
A professora Fabíola Cristina Alves publicou em 2019 o artigo Olhando o passado no Palácio Tiradentes: um retrato coletivo da autoridade republicana  (Revista Anais do Museu Paulista – USP, São Paulo. v. 27, 2019)no qual apresenta um estudo sobre esta pintura decorativa Assinatura da Constituição de 1891 [P701], de autoria de Eliseu Visconti. O objetivo do estudo é entender as intenções simbólicas inerentes à escolha do tema da Constituição de 1891 dentro de um programa iconográfico de diretrizes republicanas. E refletir sobre como Eliseu Visconti tratou e reinventou o tema da Constituição dentro de certa tradição artística. Nesse trabalho são apresentadas outras razões que poderiam ter levado a comissão a recusar o tema da posse de Deodoro da Fonseca, objeto do estudo inicial de Visconti.
Um álbum do Projeto Eliseu Visconti guarda  foto do artista assinando o contrato para realização deste painel, na própria mesa do plenário que seria objeto da pintura.
Em matéria publicada no Jornal do Brasil de 1 de novembro de 1945, Otto Prezeres, designado como colaborador de Visconti para obter os elementos necessários à realização do painel, relata como o artista representava na pintura não só o aspecto físico dos políticos retratados, mas também o seu desenho moral, sentindo o personagem, o tipo, antes de reproduzi-lo na tela.
Os cartões de transferência [D741] e [D742] para o grande painel, cujas imagens disponíveis neste Catálogo Raisonné foram obtidas do livro de Frederico Barata, foram doados pelo próprio Visconti ao Museu da Cidade do Rio de Janeiro em 1943. Esses cartões eram considerados desaparecidos até 2019 quando, por solicitação do Projeto Eliseu Visconti, foram localizados nos arquivos do Museu da Cidade. Os cartões encontram-se bastante deteriorados e com partes dos desenhos desaparecidas.

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