A sala especial montada para Eliseu Visconti na II Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo foi organizada por José Simeão Leal, Diretor do Serviço de Documentação do Ministério da Cultura. Foi um reconhecimento póstumo ao pioneirismo do artista, que passava a ser consenso entre os críticos e estudiosos da arte de Visconti. Segundo o catálogo, a sala apresentou 37 obras, na sua maioria de coleções particulares, sendo que apenas uma obra, a de número 17 no catálogo da exposição (de título “Esboço”) não foi identificada. Além do texto do organizador, o catálogo apresenta textos de Flávio de Aquino, Herman Lima, Mário Pedrosa, Quirino Campofiorito e Lygia Martins Costa. Estes textos foram escritos por ocasião da grande retrospectiva de 1949 no MNBA e transcritos neste catálogo da II Bienal.
Em artigo sobre a II Bienal publicado no Diário da Noite de 9 de dezembro de 1953, o artista e crítico de arte Quirino da Silva escreveu sobre a sala especial de Visconti: “…Na representação brasileira, temos uma retrospectiva de Eliseu Visconti e uma mostra de nossos paisagistas até Almeida Júnior.
A retrospectiva da obra de Eliseu d”Ângelo Visconti é, como já acentuamos, nessa exposição, uma nota à parte e muito acima das louvadas deficiências de nossa produção artística contemporânea.
A obra de Visconti se apresenta como uma suave brisa a perpassar pela nossa emoção, a nos dizer de sua força plástica, de sua sensibilidade, a nos envolver, enfim, com a sua pureza, e a atestar a sua excelência artesanal.”
