CT1949 - Catálogo da exposição retrospectiva no Museu Nacional de Belas Artes – Rio de Janeiro – 1949

  • Tipo de Documento Convites e Catálogos
  • Ano 1949
  • Acervo Projeto Eliseu Visconti

Para muitos, a obra de Eliseu Visconti só começou a ser verdadeiramente reconhecida e valorizada a partir desta grande exposição retrospectiva, inaugurada no Museu Nacional de Belas Artes em 16 de novembro de 1949. Vários são os depoimentos de críticos que se surpreenderam, muito favoravelmente, com o efeito de conjunto que essa exposição proporcionou. Da mesma forma que outros críticos, Mario Pedrosa foi surpreendido ao observar na grande mostra o conjunto da produção de Visconti, onde pela primeira vez podiam ser admiradas as paisagens dos últimos tempos. O que o levou a redigir longo texto sobre a obra do artista, intitulado Visconti diante das modernas gerações, publicado no Correio da Manhã no primeiro dia do ano de 1950. Foram expostas no total 285 obras, sendo: 226 pinturas a óleo, 17 aquarelas, 26 desenhos e 16 projetos e peças de arte decorativa. Como o catálogo da exposição não apresenta imagens, mas somente a relação das obras expostas, até o presente não foi possível identificar a totalidade das obras que participaram da grande retrospectiva. As obras que participaram desta retrospectiva apresentam uma etiqueta no verso que atesta sua inclusão na exposição.
Lygia Martins Costa, Conservadora do Museu, foi a principal organizadora da exposição e responsável pelo texto do catálogo “Apreciação da Obra”. Certamente, a primeira pessoa a elaborar um estudo metódico e cronológico da obra de Visconti.
A partir de iniciativas no sentido de catalogar a produção do mestre, principalmente aquela desenvolvida pela historiadora e pesquisadora Mirian N. Seraphim em sua tese de doutorado, ampliou-se consideravelmente o conhecimento de sua carreira, no cotejar de obras e documentos de toda a espécie. Também a grande retrospectiva de Visconti realizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo (dez. 2011 a fev. 2012), com segunda montagem no MNBA, no Rio de Janeiro (abr. a jun. 2012), “Eliseu Visconti – A Modernidade Antecipada”, possibilitou novamente, depois de 62 anos daquela primeira retrospectiva, a extraordinária visão de conjunto de mais de 220 obras originais do artista. E foi Mirian Seraphim quem estabeleceu outra hipótese de divisão da  obra artística de Visconti em períodos, não mais a partir das técnicas trabalhadas, mas considerando-se fatos importantes ocorridos em sua vida particular e carreira profissional, que, aliás, se mostraram indissociáveis. O estudo de Mirian N. Seraphim foi publicado no livro Eliseu Visconti – A Arte em Movimento.